1. |
safety car
04:11
|
|||
Safety Car
São tantos carros num coração
Na autopista, na contramão
Mas, se o espaço resolver mandar
Um deus metálico num safety car!
Ah, deus vem num safety car!
E ele desliza nas nuvens do Olimpo
Ao autódromo num curto-circuito
E para o tempo ao vê-lo entrar
Para o coração se concentrar
Ah, deus vem num safety car...
Carros racham o asfalto do tempo
Relâmpagos tentam nos assaltar
Ah, deus vem num safety car!
A tragédia humana encenada
Mesmo um acidente não há de ser nada
Encontros nunca são casuais
E do caos germinam as coincidências
Ah, deus vem num safety car!
A vida queima nas quatro rodas
Os chakras giram p'ra transformar
Um dilúvio numa cascata
E tudo chega ao primeiro lugar
|
||||
2. |
reles mortais
05:05
|
|||
Reles Mortais
A vida, cada vez mais veloz
Quando passa nem se lembra mais de nós
Nos carrega fácil por vales e rios
Para ela não é nenhum desafio
Além do mais, somos reles mortais
A areia movediça leva impérios
E todos os bustos dos homens sérios
Enfeitam cemitérios
E quando o mundo perde o seu critério
Tudo parece ser tão aéreo
E a justiça parece ser um caso etéreo
O tempo nos escapa das mãos
Os minutos passam grão a grão
Nossos olhos vêem preencherem se os vãos
E se o silêncio daquele deserto
Nos parece um destino certo
É que estamos bem mais perto
Ele jamais foi nosso algoz
Sempre quem o matou fomos nós
Em troca de algo que não sabemos
Um dia gritei as estrelas
Deveria estar contente apenas em vê las
Mas, sempre queremos mais do que já temos
|
||||
3. |
myths
04:47
|
|||
Myths
to set myself free from this feeling so platonic
let burn up this potential so atomic
a porcupine and where I hide while I walk on by
to skin myself through these narrow ways
and take my own eyes away from this leather face
skin at raw meat to the state of grace
deeper I found you leaving behind
leaving this heavy cloud at dark
surrounded me for all the sides
In this labyrinth I've cried so far
Myths
para me libertar desse sentimento tão platônico
vamos queimar esse potencial tão atômico
um porco espinho e onde me escondo enquanto caminho
esfolar me através destas maneiras estreitas
e tirar meus próprios olhos desse rosto de couro
pele em carne crua ao estado de graça
mais profundamente eu te encontrei deixando para trás
deixando essa nuvem pesada no escuro
me cercou por todos os lados
nestes labirinto eu chorei até agora
|
||||
4. |
abismos
03:48
|
|||
Abismos
Há um abismo no centro do seu corpo
Um sol antigo e um idioma morto
E tenho coragem de enfrentar os seus tentáculos
E tenho a voragem de decifrar os seus vernáculos
Há um abismo no centro do seu corpo
Há um indício de incêndios indômitos
Ao te ofender, me fendo
Me fragmento em vestígios do tempo
Sou os ossos do mundo
Em teu prato fundo
Meus olhos brilham feito magma
Descem os flancos feito lágrima
Te arranco suspiros de diamante
Talhados feito asas que nasceram a poucos instantes
Efeito da febre das nebulosas
Estrelas nascem terçãs assim como as rosas
|
Stenamina Boat São Paulo, Brazil
Assim como o barco ébrio de Rimbaud, nós navegamos por mares errantes.
Várias ilhas sonoras por onde passamos,
desde a divina e esquizofrênica psicodelia dos sixties até a estadia nos saturnianos anos 80 e chegamos até a mergulhar nas nuvens dos 90.
Márcio Calixto (Voz, letras e guitarra)
Igor Vieira (Guitarra solo), Carlos Rodrigues (Baixo),
Rogerio Meni (Bateria)
... more
Streaming and Download help
If you like Stenamina Boat, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp